OLA GALERA!
Atendendo ao pedido da Leticia, que me pediu links sobre geografia e historia do parana editei exte texto que encontrei no vestibular 1
espero que ajude.
ha vcs pode encontrar mais conteúdo em:
http://www.guiageo-parana.com/geografia.htm
http://www.parana.blog.br/geografia-do-parana/
http://www.slideshare.net/lfwgeografia/geografia-do-paran-13477563
http://www.youtube.com/watch?v=UuYnJhANlIk
http://www.youtube.com/watch?v=kqtV6tYsWYM
http://www.youtube.com/watch?v=cFKFJiya2qs
Um abraço bons estudos
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO PARANÁ
LOCALIZAÇÃO: o Paraná, estado
brasileiro, fica na região Sul
O estado é cortado pelo Trópico de
Capricórnio, que estabelece o limite meridional das culturas agrícolas
tropicais
FRONTEIRAS: Norte e Nordeste = São
Paulo; Leste = Oceano Atlântico; Sul = Santa Catarina; Sudoeste = Argentina;
Oeste = Paraguaia; Noroeste = Mato Grosso do Sul
ÁREA (km²): 199.709,1
RELEVO:
caracteriza-se pela freqüência de terrenos de baixada no litoral, onde
predominam as planícies de aluvião, e a existência de planaltos e serras de
formações rochosas cristalinas, como a serra do Mar
Seu relevo é dos mais expressivos: 52%
do território ficam acima dos 600m e apenas 3% abaixo dos 300m
RIOS PRINCIPAIS:
Paraná, Iguaçu, Ivaí, Tibagi, Paranapanema, Itararé e Piquiri
O complexo hidrográfico do estado do
Paraná apresenta grande potencial energético. A bacia hidrográfica do rio Paraná
ocupa 183.800 km2 no estado e seus principais rios incluem o Paraná, o Iguaçu,
o Ivaí, o Tibagi e o Piquiri. Somente a bacia do rio Iguaçu, que nasce próximo
a Curitiba, capital do estado, e deságua no rio Paraná, na fronteira com o
Paraguai, tem potencial hidrelétrico para 11,3 mil megawatts de energia elétrica.
A bacia do Atlântico Sul banha 15.909,1 km2 na porção nordeste do estado. Entre
seus principais rios encontram-se o Itararé e o Capivari. O estado do Paraná
consome internamente apenas 20 % da energia elétrica total produzida em seu
território, que representa 25 % da produção no país.
CLIMA:
CLIMA: úmido
Como resultado das diferentes formações
topográficas e características geológicas, o clima no estado do Paraná
apresenta três tipos distintos, todos correspondentes a clima úmido,
apresentando-se mais ameno na região norte e temperado no sul, onde os invernos
podem ser rigorosos. O tipo que corresponde à maior área é o CFA, que se
caracteriza por ser subtropical úmido, mesotérmico, com verão quente, sem estação
seca de inverno definida e geadas menos freqüentes. O tipo CFB é subtropical úmido,
mesotérmico, com verões frescos e geadas severas e freqüentes. Finalmente, o
tipo AF caracteriza-se pelo clima tropical chuvoso, sem estação seca e isento
de geadas
MUNICÍPIOS (número): 399 (1997)
CIDADES MAIS POPULOSAS: Curitiba,
Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Cascavel
HORA LOCAL (em relação a Brasília): a
mesma
HABITANTE: paranaense
POPULAÇÃO: 9.563.458 (2000)
DENSIDADE: 47,88 habitantes p/km2
ANALFABETISMO: 8,6% (2000)
MORTALIDADE INFANTIL: 29,79
CAPITAL: Curitiba
Em 1647 formou-se o embrião da cidade,
que foi elevada à categoria de vila em 1693, tornando-se cidade em 1842. Em
1853 foi escolhida capital da província do Paraná
HABITANTE DA CAPITAL: curitibano
A economia do Estado se baseia na
agricultura (cana-de-açúcar, milho, soja, trigo, café, mandioca), na indústria
(agroindústria, papel e celulose) e no extrativismo vegetal (madeira e
erva-mate).
No século 17, descobriu-se na região
do Paraná uma área aurífera, anterior ao descobrimento das Minas Gerais, que
provocou o povoamento tanto no litoral quanto no interior. Com o descobrimento
das Minas Gerais, o ouro de Paranaguá perdeu a importância. As famílias ricas,
que possuíam grandes extensões de terra, passaram a se dedicar à criação de
gado, que logo abasteceria a população das Minas Gerais. Mas apenas no século
19 as terras do centro e do sul do Paraná foram definitivamente ocupadas pelos
fazendeiros.
No final do século 19, a erva-mate dominou a economia e criou uma nova fonte de riqueza para os líderes que partilhavam o poder. Com o aparecimento das estradas de ferro, ligando a região da araucária aos portos e a São Paulo, já no final do século 19, ocorreu novo período de crescimento.
A partir de 1850, o governo provincial empreendeu um amplo programa de colonização, especialmente de alemães, italianos, poloneses e ucranianos, que contribuíram decisivamente para a expansão da economia paranaense e para a renovação de sua estrutura social.
No final do século 19, a erva-mate dominou a economia e criou uma nova fonte de riqueza para os líderes que partilhavam o poder. Com o aparecimento das estradas de ferro, ligando a região da araucária aos portos e a São Paulo, já no final do século 19, ocorreu novo período de crescimento.
A partir de 1850, o governo provincial empreendeu um amplo programa de colonização, especialmente de alemães, italianos, poloneses e ucranianos, que contribuíram decisivamente para a expansão da economia paranaense e para a renovação de sua estrutura social.
O Paraná ocupa quinto lugar em importância
econômica entre todos os estados brasileiros. As diferentes características físicas
e climáticas do estado propiciam a existência de atividades agrícolas
diversificadas e seu grau de desenvolvimento econômico permite a utilização de
avançadas técnicas agrícolas, que se traduzem nos mais altos índices de
produtividade do país. Em 1994, os índices médios de produtividade nas
principais lavouras do estado (soja, milho, feijão, algodão, café e trigo)
elevaram-se em 12,9 %, em decorrência do desenvolvimento de modernos sistemas
de produção, como é o caso da soja e do trigo, que são cultivados em sistema de
rotatividade, gerando duas safras anuais na mesma área. Destaca-se ainda no
estado do Paraná, a produção de batatas, de cana-de-açúcar, de mandioca e de
arroz. Nos últimos anos, programas de desenvolvimento da fruticultura vêm sendo
implantados em diversas regiões do estado. Na região norte do Paraná, a
implantação de pomares cítricos vem permitindo a produção industrial de suco de
laranja, enquanto a produção de maçã alcança, em várias regiões, uma safra média
de 30 mil toneladas por ano. O plantio de frutas de clima tropical na região
litorânea vem gerando bons resultados, com índices de produção e qualidade
competitivos em larga escala. O estado possui um dos maiores rebanhos pecuários
do país, com 8.911.986 de cabeças de bovinos, sendo expressivas também as criações
de suínos (3.780.172) e galináceos (85.713.370). A produção paranaense de leite
representa cerca de 10 % da produção nacional.
As principais reservas de matérias-primas
existentes no estado do Paraná incluem o xisto betuminoso, o calcário, a
dolomita, a argila, o carvão, o chumbo e a fluorita. A reserva de calcário está
estimada em 4,4 bilhões de toneladas e suas principais jazidas, localizadas na
região leste, alcançam produção média anual de cerca de 6 milhões de toneladas.
Além de seu uso industrial, principalmente na produção de cimento, o calcário é
utilizado de forma regular, para elevar o nível de produtividade das lavouras.
Em 1992, foram extraídas e comercializadas 5,8 milhões de toneladas de calcário
no estado. A dolomita existe também em grande quantidade no Paraná, que é o
primeiro produtor deste mineral no país. Suas reservas estão estimadas em
532.616 milhões de toneladas. As reservas de argila vermelha, para o uso da indústria
cerâmica, atingem volume superior a 65 milhões de toneladas. Em 1992, a produção
de argila chegou a 1,1 milhão de toneladas. O estado do Paraná é também o
principal produtor de talco do Brasil. Cerca de 17% das reservas brasileiras
estão em seu território, com volume estimado em 13 milhões de toneladas, e
produtividade média anual de 200 mil toneladas. A fluorita, que tem larga
aplicação como matéria-prima na indústria química, metalúrgica e cerâmica, tem
reservas superiores a 4,4 milhões de toneladas no estado, o que equivale a 53 %
do total encontrado no país. Outros produtos como a brita de basalto, pedras
ornamentais, mármores e granito também são encontrados em quantidades consideráveis
no estado do Paraná. Em 1992, foram comercializados 37,6 milhões de litros de água
mineral, extraídos de fontes naturais do estado.
A partir de 1966, intensificaram-se as
atividades de reflorestamento, mediante a concessão de incentivos fiscais, que
tem combinado a expansão da fronteira agrícola e o atendimento ao setor
industrial madeireiro. As áreas reflorestadas, que tiveram considerável
aumento, atingem hoje 1 milhão de hectares e mais de 2,5 bilhões de árvores
plantadas.
O parque industrial do estado reúne
cerca de 24 mil estabelecimentos, que têm registrado desempenho sempre superior
à média nacional do setor. Nos quatro primeiros anos da década de 90, os índices
de crescimento acumularam um total de 31,24 %. A produção industrial é
diversificada, destacando-se as indústrias de papel e celulose, química,
madeireira, alimentícia, de fertilizantes, eletroeletrônica, metalmecânica, de
cimento, têxtil e de cerâmica, além da agroindústria.
Em 1994, a economia do estado cresceu
6,3 %, destacando-se, para o alcance desse índice, o desempenho do setor agrícola
e a modernização do parque industrial do estado. Em 1993, a participação do
estado do Paraná no PIB nacional foi de 6,2 %, que corresponde a um total de
US$ 28,277 bilhões.
O Paraná é ainda o quarto maior
exportador entre os estados brasileiros. Em 1993 a receita das exportações
representou US$ 2,48 bilhões, que corresponde a 6,42 % do valor total exportado
pelo país. A participação dos produtos industrializados na pauta de exportações
do estado foi de 51 % no mesmo ano, liderada pelo complexo agroindustrial,
responsável por 60 % das exportações do estado. O segundo complexo industrial
com maior participação nas vendas externas do estado é o de metalmecânica, com
13,6 % do total das exportações em 1993.
As primeiras movimentações de
colonizadores no estado do Paraná tiveram início no século XVI, quando diversas
expedições estrangeiras percorreram a região à procura de madeira de lei. No século
XVII, portugueses e paulistas começaram a ocupar a região, a partir da
descoberta de ouro e à procura de índios para o trabalho escravo. A mineração,
no entanto, foi legada a segundo plano pelos colonizadores, que se dirigiram em
maior número às terras de Minas Gerais(7). Até o século XVIII, existiam apenas
duas vilas na região: Curitiba e Paranaguá. Esse processo retardou a ocupação
definitiva da área, que pertenceu à província de São Paulo até meados do século
XIX, com sua economia baseada na pecuária. Logo após de conquistada sua
autonomia, em 1853, teve início um programa oficial de imigração européia para
a região, principalmente de poloneses, alemães e italianos.
Guerra do Contestado - Revolta de
camponeses ocorrida entre 1912 e 1916, chegou a envolver cerca de 50 mil
pessoas numa região de litígio na fronteira entre os estados do Paraná e Santa
Catarina. O conflito teve início com a instalação de duas empresas
norte-americanas na região, uma construtora de estradas de ferro e uma
exploradora de madeira, que levaram mão-de-obra de fora para trabalhar nos
empreendimentos e iniciaram um processo de expulsão dos posseiros que
cultivavam a área, originando o movimento de fanáticos religiosos, liderados
por "beatos" locais, entre os quais se destacou José Maria, que foi
seguido por romeiros expulsos de suas terras.
Serra do Mar - Coberta pela floresta
atlântica e declarada Reserva da Biosfera pela UNESCO, em 1991, o que demonstra
sua importância em termos globais, a serra do Mar abriga mais de 2.500 espécies
da flora nativa brasileira, diversos animais em risco de extinção como a onça-pintada
e a anta, além de pássaros como o gavião-pega-macaco, a jacutinga e o macuco,
entre outros. No estado do Paraná, a serra do Mar tem aproximadamente 500.000
hectares de extensão e aí se encontram 72 % do total da flora e da fauna
existentes no estado. Nessa área está também localizado o pico mais alto da
região Sul do Brasil, o pico do Paraná, com 1.922 metros de altura. Ainda na
serra do Mar encontra-se a Área de Interesse Turístico Espacial do Marumbi, com
66.732 hectares, cuja utilização é controlada por um plano de gerenciamento. O
pico do Marumbi, situado dentro desta área, tem 1.547 metros de altura e é o
mais procurado para a prática de alpinismo e turismo ecológico na região. Através
da serra do Mar encontram-se caminhos históricos que são verdadeiras obras de
arte e engenharia, como o caminho de Itupava e de Graciosa, ambos construídos há
300 anos. Além de constituírem opção para o turismo ecológico, esses caminhos são
utilizados atualmente por programas ambientais e preservam, protegidos pela
floresta, a história e a cultura dos primeiros colonizadores do Paraná.
Ilha do Mel - Tombada como Patrimônio
Ecológico da Humanidade, a ilha do Mel tem 95% de sua área composta por
ecossistemas de restinga e floresta atlântica, o que a elevou à categoria de
Estação Ecológica em 1982, numa extensão de 2.240 hectares. Em seus morros e
planícies existem trilhas para caminhadas, que dão acesso a locais de observação
de belas paisagens e de espécies vegetais e animais, onde a brisa marinha e o
cheiro de mato compõem aroma particular, associado à beleza de suas praias.
Vila Velha - Localizado no município
de Ponta Grossa, a 969 metros de altura, no verde dos campos gerais, está o
Parque Estadual de Vila Velha, com suas rochas esculpidas artisticamente pela
natureza, ao longo de 350 milhões de anos. As formações rochosas recebem
diferentes denominações, de acordo com as figuras às quais se assemelham. Entre
as centenas existentes, as mais facilmente reconhecíveis são a Garrafa, o
Camelo, o Índio, a Esfinge, a Taça e a Proa de Navio. Destaca-se em especial a
caverna conhecida como Buraco do Padre, um anfiteatro subterrâneo com uma queda
d'água de 30 metros de altura, também debaixo da terra. O município apresenta
ainda outras paisagens naturais muito apreciadas e uma rica reserva ecológica,
que inclui locais como os chamados caldeirões do inferno, que são depressões
circulares de até 107 metros de profundidade, com 80 metros de diâmetro. Numa
dessas cavidades, um teleférico vertical leva os visitantes até uma
profundidade de 54 metros, de onde se pode caminhar até um lago subterrâneo.
Outro acidente geográfico de rara beleza na região é a lagoa Dourada, paraíso
da fauna aquática local. A lagoa é alimentada por um rio subterrâneo, cuja ação
erosiva desgastou as rochas e provocou a formação de cavernas em seu interior.
O fundo da lagoa está coberto por uma camada de mica que faz a água brilhar
como se fosse de ouro, quando exposta aos raios solares.
Foz do Iguaçu - Um dos mais
importantes pólos turísticos do Brasil, as cataratas do Iguaçu são formadas por
275 quedas d'água, com alturas que variam de 40 a mais de 100 metros e se
distribuem em forma de ferradura, formando uma semicircunferência de 950
metros, na fronteira com a Argentina. A cachoeira está localizada no Parque
Nacional do Iguaçu, criado em 1939 e tombado pela UNESCO como Patrimônio
Natural da Humanidade em 1986. Da área total do parque, 185.000 hectares
encontram-se em território brasileiro e 55.000 hectares na Argentina. As
florestas subtropicais do parque abrigam cerca de 1.100 espécies de pássaros,
bem como várias espécies de mamíferos, grandes e pequenos, como veados,
capivaras, etc.
A cidade de Foz do Iguaçu encontra-se
localizada na fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina, a uma altitude de
164 metros. A 9 km do centro da cidade, na confluência dos rios Iguaçu e Paraná
e entrada do Porto Meira, está o marco onde as fronteiras do Brasil, Argentina
e Paraguai se encontram. No município de Foz de Iguaçu está também localizada a
Usina Binacional de Itaipu, cuja construção deu origem a um lago com 1.300 km
de margens e extenso potencial turístico. A construção da usina teve início em
1975, encerrou-se em 1991 e sua capacidade de produção de energia elétrica
chega a 12,6 milhões de kw.
Indígenas - Vivem no estado do Paraná
6.916 indígenas, distribuídos em 19 grupos, que ocupam área de 79.988 hectares
de extensão. Um total de 16 áreas já se encontram demarcadas definitivamente
pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), órgão do governo federal responsável
pela questão, e nelas se encontra a totalidade dos indígenas residentes no
estado.
São os seguintes os grupos indígenas
residentes no estado do Paraná e suas respectivas áreas: Apucarana, Ava
Guarani, Barão de Antonina, Faxinal, Ilha da Cotinga, Ivaí, Laranjinha,
Mangueirinha, Marrecas, Ocal, Palmas, Pescada, Pinhalzinho, Queimadas, Rio
Areia, Rio das Cobras, São Jerônimo, Superagüi e Tibagy/Mococa.
REGIÃO SUL
Região Sul (Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul)
Com 577.214,0 km2,
é a região que apresenta menor área, ocupando apenas 6,75% do território
brasileiro. Formada pelos estados do
Tem clima
subtropical, exceto na região norte do estado do Paraná, onde predomina o clima
tropical. Caracteriza-se pela diversidade de temperaturas nas diferentes áreas
que a compõem. As regiões de planaltos mais elevados apresentam temperaturas
baixas, com nevascas ocasionais, e na região da planície dos pampas, mais ao
sul, as temperaturas são elevadas. A vegetação acompanha essa variação da temperatura,
ou seja, nos locais mais frios predominam as matas de araucárias (pinhais) e
nos pampas os campos de gramíneas. A região possui grande potencial
hidrelétrico, destacando-se a usina de Itaipu, localizada no rio Paraná, na
fronteira com o Paraguai.
A população da
região Sul totaliza 25.107.616 habitantes, o que representa 14,95% da população
do País. A densidade demográfica é de 43,49 habitantes por km2 e 80,93% da
população vive no meio urbano. São encontrados traços marcantes da influência
da imigração alemã, italiana e açoriana na região.
Inicialmente
baseada na agropecuária, a economia da região Sul desenvolveu importante parque
industrial nas últimas décadas, cujos centros se encontram nas áreas
metropolitanas da cidade de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do
Sul, e Curitiba, capital do estado do Paraná. A produção agrícola utiliza
modernas técnicas de cultivo, destacando-se o trigo, soja, arroz, milho, feijão
e tabaco entre os principais produtos comercializados. Na pecuária encontram-se
rebanhos de linhagens européias (hereford e charolês). A suinocultura é
praticada no oeste do estado de Santa Catarina e no estado do Paraná, onde
ainda é significativa a prática do extrativismo, com extração de madeira de
pinho. No estado de Santa Catarina explora-se o carvão mineral ao sul e se
encontra grande número de frigoríficos, que produzem não apenas para o mercado
interno, mas também para exportação.
HISTÓRIA DO PARANÁ
O Brasil ainda não
sabe geografia, anotava o ex-governador do Paraná Bento Munhoz da Rocha Netto,
em meados do século 20. Ou se conhece profundamente a terra - em contornos,
tipos de solo, acidentes, altitudes, climas - ou cai por terra o “em nela se
plantando, tudo dá”, com que Pero Vaz de Caminha tentou impressionar o rei de
Portugal, em 1500.
Seja qual for o
estágio civilizatório, a equação que se apresenta a todo governante é sempre a
mesma: espaço territorial x assentamentos humanos.
O sucesso do
produto é diretamente proporcional ao índice de qualidade de vida das pessoas
que habitam o território.
É assim que se tem
pensado o Paraná nos últimos anos. O planejamento é a ferramenta para executar
as interferências necessárias à vida melhor.
O mapa do Paraná
contemporâneo tem formato horizontal. Ao Norte está São Paulo, a Leste o Oceano
Atlântico, ao Sul Santa Catarina e a Oeste estão o Mato Grosso e o Paraguai,
pela fronteira líquida do rio Paraná cujas águas se encontram, a Sudoeste, com
as do rio Iguaçu, que se estende demarcando a Argentina e o Uruguai.
Tupi é a origem de
Paraná, que quer dizer “rio” na linguagem dos ameríndios ocupantes do
quadrilátero fluvial Paraná-Paranapanema-Tibagi-Iguaçu. O primeiro europeu a
percorrer a região teria sido o bandeirante Aleixo Garcia. Mas a posse
simbólica do rio Paraná para a Espanha se deu com Alvar Nuñez Cabeza de Vaca,
no roteiro entre Santa Catarina e Assunção, no Paraguai, em 1541.
Em 1554 nasceu a
vila de Ontiveros, primeira povoação européia (espanhola) no hoje território
paranaense, às margens do rio Paraná, perto da foz do rio Ivaí. Dois anos
depois o povoamento, transferido para perto da foz do rio Piquiri, receberia o
nome de Ciudad Real de Guairá, que, junto com Vila Rica do Espírito Santo – nas
margens do Ivaí – formou a Província de Vera ou do Guairá. A tentativa
espanhola de escravizar os índios provocou levantes e a pacificação foi
confiada aos padres Jesuítas, que adotaram o sistema de reduções.
O primeiro
proprietário português de terras paranaenses foi o bandeirante Diogo de Unhate,
que em 1614 requereu e obteve uma sesmaria na região de Paranaguá, entre os
rios Ararapira e Superagüi. Secundou-o, em 1617, a bandeira de Antônio Pedroso,
da qual fazia parte o jovem Gabriel de Lara, filho de espanhol, interessado em
faiscar ouro. Com a família espanhola pioneira Peneda, Lara fundou uma povoação
na ilha de Cotinga, que depois transferiu para a margem esquerda do Taquaré
(hoje Itiberê). O pelourinho foi erguido em 6 de janeiro de 1646 e a criação da
Câmara e das Justiças aconteceu com a eleição de 29 de junho de 1648.
De Guaíra e
Paranaguá ao conjunto de 399 municípios do Paraná atual, o “rio” seguiu seu
curso pelo leito imemorial, criando fronteiras líquidas, encontrando-se com a
“água grande” do Iguaçu e se cruzando ou correndo paralelo ao Paranapanema, ao
Ivaí, ao Piquiri, a tantas e tantas águas que banham o território e lhe dão
vida. As Sete Quedas de Guaíra repousam sob o imenso lago de Itaipu, formado
pelo reservatório da maior usina hidrelétrica do mundo. Lindeiros ao mar
fluvial e até a Foz do Iguaçu - onde a água se despenca nas cataratas, uma das
mais belas paisagens naturais do mundo - estão 1,3 mil quilômetros distribuídos
entre 15 municípios, formando a Costa Oeste do Paraná.
É o Estado moderno,
cuja capital, Curitiba, seguiu-se a Paranaguá, ganhando importância à medida
que avançavam os tropeiros desde o século 17, conduzindo gado entre Viamão (RS)
e a Feira de Sorocaba (SP). As longas invernadas nos “campos de Curitiba” - os
Campos Gerais - acabavam conduzindo os proprietários de fazendas para transações
comerciais na hoje capital do Paraná, geopoliticamente bem situada. O século
19, marcado em sua segunda metade pela imigração européia em massa, ajudou a
moldar o Paraná de hoje, acrescentando tradições européias, especialmente
germânicas, eslavas e italianas, aos costumes ibéricos dos primeiros
colonizadores.
Se o século 19 foi
extrativista – não mais de ouro e minerais, como no início da colonização, mas
de erva-mate e madeira – também trouxe a vastíssima contribuição européia,
principalmente a classe média capaz de poupar e de investir. E a necessidade de
caminhos mais permanentes que as picadas do início, para escoamento da produção
agrícola e integração entre Interior e Litoral. A Estrada de Ferro
Paranaguá-Curitiba foi um marco da engenharia nacional, executado em grande
parte pela força e a coragem do braço imigrante.
Este século 20, das
maiores transformações a que a humanidade já assistiu, foi marcado no Paraná
pela opulência das moradas e do viver dos “barões da erva-mate”, donos de
engenhos; pela madeira farta que atraiu os ingleses e povoou os vazios das
florestas derrubadas. O Paraná deste século assistiu à chegada dos imigrantes
não-europeus, como os japoneses da segunda década, a povoar o Norte e a inserir
culturas e técnicas agrícolas até então desconhecidas; dos aventureiros, muitos
deles brasileiros de outras regiões – muitos mineiros, por exemplo – que
fizeram o Norte Novo à sombra da monocultura dos cafezais; da terra roxa
devastada por queimadas do sol inclemente no início dos anos 1960 e do
apodrecimento das raízes dos cafeeiros, na geada negra de 1975; da soja e do
trigo alargando fronteiras agrícolas, ganhando o Oeste e o Sudoeste,
construindo um modelo exportador mas também substituindo por máquinas os
humanos braços das lavouras.
Um Paraná
contemporâneo que não podia mais atrasar a implantação de seu parque
industrial. O Estado das usinas hidrelétricas, a iluminar os rincões distantes
do próprio território e a fornecer energia para boa parte do Brasil. O Paraná
da indústria alcooleira, do xisto, do carvão. Uma terra paisagem onde o retrato
é dinâmico, muda todo dia porque é feito de gente de toda origem, de todo
talento.
Este Paraná “rio”,
mar, praia, lago, cachoeira, catarata, montanha, planalto, campo, ilha... este
território é o cenário que aparece sob o papel vegetal, com uma geografia
puxada pela história e um futuro reescrito a cada dia.
Entre o olfato
apuradíssimo, o chá de mate e o chimarrão quente, o costume do banho diário e a
rede para descansar - elementos herdados dos índios - e a oportunidade vista na
indústria que se instala, agregando valor aos produtos do trabalho, a água do
rio correu por quase cinco séculos.
Um tempo moldado
pela ciência e pela paciência, nas tramas que juntam o homem e o território, em
harmonia. Harmonia retratada no morador da ilha que vê televisão e toma banho
quente, sonho realizado com a chegada da energia solar.
Energia solar que
ilumina também as salas de aula à noite, permitindo aos ilhéus aprender a ler e
escrever e conhecer um mundo bem maior que terrinha cercada de água por todos
os lados.
Harmonia que chega
a todas as comunidades com a rede de esgoto e a água encanada. Ou com as crianças que trocaram a rua pelos
bancos da escola. No campo, o agricultor comemora "a casa para morar e a
terra pra plantar”. Na cidade, o trabalhador comemora a casa própria que tem a
cara dele. É gente feliz, que faz o retrato do Paraná paisagem.
Felicidade
estampada na carteira assinada e no sorriso dos pais que, graças às UTI
neonatais, embalam seus bebês que nasceram em situação de risco mas cresceram
saudáveis.
Gente que é símbolo
do Paraná moderno, que prepara a infra-estrutura do futuro investindo na sua
gente. Um Paraná que tem governo, sim senhor, para garantir a vida e a saúde, o
acesso à creche, à educação, à casa para morar e ao terreno para plantar, à
água limpa que sai da torneira e ao esgoto canalizado e tratado, à luz elétrica
ou solar, à baía limpa e à comprovação diária de que é possível aliar
desenvolvimento com preservação.
Este Paraná existe porque conhece sua
geografia. A história é a maior prova.
História, Povoamento e Colonização
A história do Paraná e do povo
paranaense pode ser contada através dos vários ciclos pelos quais passou: ouro,
madeira, erva-mate e café.
Inicialmente as terras paranaenses
pertenciam à Capitania de São Vicente; eram percorridas esporadicamente,
durante o século XVI, por europeus exploradores da madeira de lei existente na
região. A partir do século XVII teve início a colonização, sendo fundada a Vila
de Paranaguá em 1660.
Colonos e jesuítas espanhóis povoaram
Paranaguá e Curitiba nos primeiros tempos. Com a descoberta de ouro,
portugueses foram atraídos para a localidade, tanto no litoral como no
interior. A posterior descoberta de ouro nas Minas Gerais amenizou a exploração
paranaense.
A passagem de tropas (gado e cavalos)
vindos de Viamão para Sorocaba propriciaram o tropeirismo no Estado. Paradas
feitas durante o percurso para pouso originavam novos povoamentos que, com o
passar dos tempos tornaram-se cidades (Rio Negro, Campo do Tenente, Lapa, Porto
Amazonas, Palmeira, Ponta Grossa, Castro, Piraí do Sul, Jaguariaíva e Sengés).
Separada de São Paulo em 1853,
criou-se a Província do Paraná com o estabelecimento de aproximadamente 40
núcleos coloniais, núcleos estes originados por imigrantes italianos, alemães,
poloneses, franceses, ingleses e suíços que, dedicaram-se as culturas de
erva-mate, café e exploração de madeira impulsionando a economia local na época.
Paraná em guarani quer dizer “rio caudaloso”.
As primeiras movimentações de colonizadores no estado do Paraná tiveram início
no século XVI, quando diversas expedições estrangeiras percorreram a região à
procura de madeira de lei. No século XVII, portugueses e paulistas começaram a
ocupar a região, a partir da descoberta de ouro e à procura de índios para o
trabalho escravo. A mineração, no entanto, foi legada a segundo plano pelos
colonizadores, que se dirigiram em maior número às terras de Minas Gerais. Até
o século XVIII, existiam apenas duas vilas na região: Curitiba e Paranaguá.
Esse processo retardou a ocupação definitiva da área, que pertenceu à província
de São Paulo até meados do século XIX, com sua economia baseada na
pecuária.
A história oficial do Paraná começa em 29 de
agosto de 1853 com a lei assinada pelo Imperador Dom Pedro II, que desmembrou a
região da Província de São Paulo. Logo após de conquistada sua autonomia, teve
início um programa oficial de imigração européia para a região, principalmente
de poloneses, alemães e italianos que vieram em busca de riquezas. O progresso,
elevação de nível econômico, cultural e social do povo do Paraná foram os
principais motivos para a transformação da região em província.
Em 1880 houve a abertura de estradas e
rodovias, o que acelerou a ocupação. Daí em diante aconteceu o grande fluxo de
migrantes mineiros e de outros estados pelo baixo valor das terras e sua grande
fertilidade. O Paraná, se torna Estado em 1889.
No século XX a história do Paraná foi marcada
pela opulência das moradas e do viver dos “barões da erva-mate”, donos de
engenhos. A madeira farta atraía os ingleses, que povoaram os vazios das
florestas derrubadas. Neste mesmo século chegaram os imigrantes não-europeus,
como os japoneses na segunda década. O Paraná viveu o ciclo do ouro, da
madeira, da erva-mate e do café, até finalmente diversificar sua economia.
O Estado é
conhecido como o maior e mais ativo celeiro do País. Seu parque industrial não
pára de crescer e diversificar-se. O aproveitamento do extraordinário potencial
energético de uma privilegiada bacia hidrográfica, formada principalmente pelos
rios Paraná e Iguaçu, é um dos responsáveis por este grande crescimento. Os
últimos anos foram marcados por grandes transformações e pela sua consolidação
como um dos mais importantes estados brasileiros, ocupando o seu lugar em
importância econômica.
A capital, Curitiba, foi fundada em 1693,
como Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. Curitiba se tornou a capital do
Estado em 1853. A ocupação do seu território foi lenta até 1870, quando foi
iniciado o processo de colonização por imigrantes europeus. Os imigrantes se
estabeleceram nos arredores da cidade, se dedicando a atividades agrícolas e
artesanais. Além desses grupos majoritários, também vieram para a região
imigrantes japoneses, franceses, ingleses e suíços. A cidade de Curitiba tem
sido modelo de planejamento urbano e qualidade de vida para seus habitantes.
(Fontes:
IBGE / Governo do Estado do Paraná / República Federativa do Brasil / Almanaque
Paraná 2002)
Texto original em: Vestibular1
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obrigado ao Vestibular1 por disponibilizar este conteúdo.
Editado por: Alessandro Bezerra
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