para alunos do 3°

ola meus queridos pupilos
tava zapeando pela rede buscando uma material pra vcs enquanto escutava legiao e fazia um curso online e então achei estes textos ai dos links abaixo.
bom leiam e reflitam sobre eles em sala nos vamos discutir. um abraço.

influencia da mídia na sociedade
http://www.x-tudo.net/2012/03/influencia-da-midia-na-sociedade.html
refensa da midia
http://www.x-tudo.net/2012/07/refens-da-midia.html
ainda existe boa musica
http://www.x-tudo.net/2012/03/decada-decada-2000s-ainda-existe-boa.html

prof  Alessandro


O termo "indústria cultural" foi primeiramente utilizado pelo filósofo Theodor Adorno em seu livro "Dialética do esclarecimento" de 1962.
Segundo Adorno, a TV adapta os bens culturais (produto) ao consumo, explorando-os sistematicamente e de forma programada com um fim comercial, ditando assim o consumo das massas (consumidores). A indústria cultural induz ao erro de julgar que o que ela apresenta, isto é, a cultura, emerge espontaneamente e autonomamente do seio das massas. Essa falsa interpretação serve aos interesses dos donos dos meios de comunicação, da indústria cultural, pois impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e decidir conscientemente.
  
            Para Adorno, o homem liberto do medo e da magia, torna-se agora vítima de outra mentira: a dominação do mecanicismo, da tecnologia, da indústria. Até mesmo em seu tempo livre o indivíduo é presa do mecanicismo, da tecnologia. E é convencido que prescinde deles para seu descanso, para seu lazer, para ser feliz.
            Além disso, a indústria cultural efetua um comércio fraudulento, onde promete a satisfação das vontades, mas as frustra. Em um jogo perverso, ela oferece e depois priva (um exemplo disso é a exploração do erotismo na TV).
            O surgimento da internet, porém, transforma a cultura em mercadoria de forma ainda mais massiva e imediata.
            É possível identificar três pontos de resistência que se levantam hoje contra a internet. O primeiro deles é que a internet ao elevar a produtividade do trabalho, ajuda para o aumento das desigualdades (entre pessoas e países). Além disso, o número de horas de trabalho aumenta enormemente e o trabalho é desregulamentado (sinônimo de precarização e exploração). Isto é, a internet desenvolve relações produtivas que entram em choque com as relações atuais.
            Outro ponto de resistência é o isolamento das pessoas e os consequentes danos psíquicos causados pelo uso da internet, levando aos vícios e à banalização de conteúdos.
            E a terceira resistência é o desdobramento das duas anteriores. Apesar da interatividade que a internet permite, a lógica da dominação da indústria cultural permanece a mesma, isto é, estandardização e condicionamento como meios de obtenção de lucro. Assim, a internet não representa uma novidade absoluta como querem fazer crer os interessados e donos desta indústria.
            A televisão e o rádio promovem a homogeneização de conceitos, de pensamentos, da cultura. Essa homogeneização é deslocada para a internet, mas antes ela passa por um momento de afirmação de diferença, uma aparência de multiplicidade, como se cada pessoa fosse realmente singular, as opções virtualmente infinitas e as possibilidades de autodefinição ilimitadas.
            Na verdade, a internet, apesar do avanço tecnológico que incorpora, não constitui um meio que represente uma ruptura com os pressupostos básicos da indústria cultural.

(Adaptado do texto: "Adorno, a indústria cultural e a internet" - Revista Filosofia, nº 20)

3° ano Ramona


Ola meus queridos pupilos... 
conforme combinado segue ai alguns textos sobre industria cultural e seus conceitos iniciais. nao se esquecam de ler o texto do livro de sociologia.
segue também um link do youtube ok abraços boa leitura
Industria Cultural 1
E hoje nós vamos falar sobre indústria cultural. Afinal, o que é Indústria cultural? Bom, esse termo foi criado pelos sociólogos e filósofos alemães Adorno e Horkheimer e aparece pela primeira vez na obra “A Dialética do Esclarecimento”. O termo indústria cultural surgiu de uma analogia que Adorno e Horkheimer fizeram entre o processo de produção cultural e o processo de produção industrial. Vamos entender o porquê dessa analogia.
Todos nós sabemos que tudo que é produzido em uma indústria e feito com fins mercadológicos e, depois da revolução industrial, além do surgimento da divisão de trabalho é possível observar uma padronização nos produtos, bem diferente da época onde a manufatura predominava. Segundo Adorno e Horkheimer é possível identificar muitos desses aspectos industriais nas produções da mídia e nas produções artístico-culturais da nossa época. Segundo eles, toda produção artística dos dias de hoje é feita com fins mercadológicos e sempre seguem um padrão. Nas palavras deles “A cultura contemporânea a tudo confere um ar de semelhança”. É quase como a fabricação em série de uma industria contemporânea. Por isso a utilização do termo industria cultural.
Essa aula foi pra você entender o significado desta analogia. Se quiser se aprofundar neste assunto no site Alucinando você encontra indicações de livros, resenhas, e outros materiais sobre o tema industria cultural.
A Obra “O que é indústria Cultural” da série Primeiros Passos de autoria de Teixeira Coelho é um tanto esclarecedora para aquele que desejar iniciar-se no tema.
Para aprofundar-se no tema, nada melhor do quer ler a obra original de Adorno e Horkheimer, dando ênfase especial ao capítulo “A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas”

Conceito de Indústria Cultural em Adorno e Horkheimer

A indústria cultural, segundo Adorno e Horkheimer, possui padrões que se repetem com a intenção de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consumismo.


Apesar de a Indústria Cultural ser um fator primordial na formação de consciência coletiva nas sociedades massificadas, nem de longe seus produtos são artísticos. Isso porque esses produtos não mais representam um tipo de classe (superior ou inferior, dominantes e dominados), mas são exclusivamente dependentes do mercado.
Essa visão permite compreender de que forma age a Indústria Cultural.Oferecendo produtos que promovem uma satisfação compensatória e efêmera, que agrada aos indivíduos, ela impõe-se sobre estes, submetendo-os a seu monopólio e tornando-os acríticos (já que seus produtos são adquiridos consensualmente).
Camuflando as forças de classes, a Indústria Cultural apresenta-se como único poder de dominação e difusão de uma cultura de subserviência. Ela torna-se o guia que orienta os indivíduos em um mundo caótico e que por isso desativa, desarticula, qualquer revolta contra seu sistema. Isso quer dizer que a pseudo felicidade ou satisfação promovida pela Indústria Cultural acaba por desmobilizar ou impedir qualquer mobilização crítica que, de alguma forma, fora o papel principal da arte (como no Renascimento, por exemplo). Ela transforma os indivíduos em seu objeto e não permite a formação de uma autonomia consciente.
Englobando a sociedade como um todo, com um pequeno número de evasão, é quase impossível romper com tal sistema produtivo. Aqueles que se submetem a esse modelo de indústria nada mais fazem que falar de modo diferente a mesma coisa. Porém, uma certa crítica ainda pode ser vista naqueles que fomentam um tipo de arte que produz efeitos estéticos fora da padronização oferecida pela indústria. Mesmo assim, é uma tentativa que fica à margem do sistema porque não agrada àquelas consciências acostumadas com um modelo estandardizado.
O próprio Adorno, como um dos integrantes da Escola de Frankfurt, onde foi desenvolvida a Teoria Crítica, construiu um tipo de música calculada nos moldes das músicas clássicas e eruditas, mas com uma melodia aparentemente horripilante aos ouvidos acostumados aos acordes da música clássica tradicional (leia-se burguesa). Sua pretensão é justamente desacostumar a percepção daquela noção tradicional de ordem e harmonia (já que sua música só parece desarmônica, mas na verdade é totalmente ordenada e arranjada – dodecafônica) prevalecente na cultura burguesa vigente à época.
Para Adorno e Horkheimer, Indústria Cultural distingue-se de cultura de massa. Esta é oriunda do povo, das suas regionalizações, costumes e sem a pretensão de ser comercializada, enquanto que aquela possui padrões que sempre se repetem com a finalidade de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consumismo. E embora a arte clássica, erudita, também pudesse ser distinta da popular e da comercial, sua origem não tem uma primeira intenção de ser comercializada e nem surge espontaneamente, mas é trabalhada tecnicamente e possui uma originalidade incomum – depois pode ser estandardizada, reproduzida e comercializada segundo os interesses da Indústria Cultural.
Assim, segundo a visão desses autores, é praticamente impossível fugir desse modelo, mas deveríamos buscar fontes alternativas de arte e de produção cultural, que, ainda que sejam utilizadas pela indústria, promovessem o mínimo de conscientização possível.

Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

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