Ola meus queridos pupilos...
conforme combinado segue ai alguns textos sobre industria cultural e seus conceitos iniciais. nao se esquecam de ler o texto do livro de sociologia.
segue também um link do youtube ok abraços boa leitura
Industria Cultural 1
E hoje nós vamos falar sobre indústria cultural. Afinal, o que é Indústria cultural? Bom, esse termo foi criado pelos sociólogos e filósofos alemães Adorno e Horkheimer e aparece pela primeira vez na obra “A Dialética do Esclarecimento”. O termo indústria cultural surgiu de uma analogia que Adorno e Horkheimer fizeram entre o processo de produção cultural e o processo de produção industrial. Vamos entender o porquê dessa analogia.
Todos nós sabemos que tudo que é produzido em uma indústria e feito com fins mercadológicos e, depois da revolução industrial, além do surgimento da divisão de trabalho é possível observar uma padronização nos produtos, bem diferente da época onde a manufatura predominava. Segundo Adorno e Horkheimer é possível identificar muitos desses aspectos industriais nas produções da mídia e nas produções artístico-culturais da nossa época. Segundo eles, toda produção artística dos dias de hoje é feita com fins mercadológicos e sempre seguem um padrão. Nas palavras deles “A cultura contemporânea a tudo confere um ar de semelhança”. É quase como a fabricação em série de uma industria contemporânea. Por isso a utilização do termo industria cultural.
Essa aula foi pra você entender o significado desta analogia. Se quiser se aprofundar neste assunto no site Alucinando você encontra indicações de livros, resenhas, e outros materiais sobre o tema industria cultural.
A Obra “O que é indústria Cultural” da série Primeiros Passos de autoria de Teixeira Coelho é um tanto esclarecedora para aquele que desejar iniciar-se no tema.
Para aprofundar-se no tema, nada melhor do quer ler a obra original de Adorno e Horkheimer, dando ênfase especial ao capítulo “A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas”
Conceito de Indústria Cultural em Adorno e Horkheimer
A indústria cultural, segundo Adorno e Horkheimer, possui padrões que se repetem com a intenção de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consumismo.
Apesar de a Indústria Cultural ser um fator primordial na formação de consciência coletiva nas sociedades massificadas, nem de longe seus produtos são artísticos. Isso porque esses produtos não mais representam um tipo de classe (superior ou inferior, dominantes e dominados), mas são exclusivamente dependentes do mercado.
Essa visão permite compreender de que forma age a Indústria Cultural.Oferecendo produtos que promovem uma satisfação compensatória e efêmera, que agrada aos indivíduos, ela impõe-se sobre estes, submetendo-os a seu monopólio e tornando-os acríticos (já que seus produtos são adquiridos consensualmente).
Camuflando as forças de classes, a Indústria Cultural apresenta-se como único poder de dominação e difusão de uma cultura de subserviência. Ela torna-se o guia que orienta os indivíduos em um mundo caótico e que por isso desativa, desarticula, qualquer revolta contra seu sistema. Isso quer dizer que a pseudo felicidade ou satisfação promovida pela Indústria Cultural acaba por desmobilizar ou impedir qualquer mobilização crítica que, de alguma forma, fora o papel principal da arte (como no Renascimento, por exemplo). Ela transforma os indivíduos em seu objeto e não permite a formação de uma autonomia consciente.
Englobando a sociedade como um todo, com um pequeno número de evasão, é quase impossível romper com tal sistema produtivo. Aqueles que se submetem a esse modelo de indústria nada mais fazem que falar de modo diferente a mesma coisa. Porém, uma certa crítica ainda pode ser vista naqueles que fomentam um tipo de arte que produz efeitos estéticos fora da padronização oferecida pela indústria. Mesmo assim, é uma tentativa que fica à margem do sistema porque não agrada àquelas consciências acostumadas com um modelo estandardizado.
O próprio Adorno, como um dos integrantes da Escola de Frankfurt, onde foi desenvolvida a Teoria Crítica, construiu um tipo de música calculada nos moldes das músicas clássicas e eruditas, mas com uma melodia aparentemente horripilante aos ouvidos acostumados aos acordes da música clássica tradicional (leia-se burguesa). Sua pretensão é justamente desacostumar a percepção daquela noção tradicional de ordem e harmonia (já que sua música só parece desarmônica, mas na verdade é totalmente ordenada e arranjada – dodecafônica) prevalecente na cultura burguesa vigente à época.
Para Adorno e Horkheimer, Indústria Cultural distingue-se de cultura de massa. Esta é oriunda do povo, das suas regionalizações, costumes e sem a pretensão de ser comercializada, enquanto que aquela possui padrões que sempre se repetem com a finalidade de formar uma estética ou percepção comum voltada ao consumismo. E embora a arte clássica, erudita, também pudesse ser distinta da popular e da comercial, sua origem não tem uma primeira intenção de ser comercializada e nem surge espontaneamente, mas é trabalhada tecnicamente e possui uma originalidade incomum – depois pode ser estandardizada, reproduzida e comercializada segundo os interesses da Indústria Cultural.
Assim, segundo a visão desses autores, é praticamente impossível fugir desse modelo, mas deveríamos buscar fontes alternativas de arte e de produção cultural, que, ainda que sejam utilizadas pela indústria, promovessem o mínimo de conscientização possível.
Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
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Gostei muito dos textos, pois nos leva a refletir sobre a influencia da mídia em nossas vidas. Persuadindo e criando regras, ela tem ocupado um lugar que jamais deveria ter ocupado o do respeito e do limite sobre a sociedade.
ResponderExcluirGabriela Oliveira Vieira
Pegando o exemplo da industria musical,atualmente elas têm sido feitas exclusivamente e principalmente para ganhar dinheiro, recheadas com conotações sexuais,agradando principalmente os jovens.As músicas atuais não partem mais da inspiração da alma.O mercado musical brasileira esta estagnado.Felipe C Mota.
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