O termo "indústria cultural" foi primeiramente utilizado pelo filósofo Theodor Adorno em seu livro "Dialética do esclarecimento" de 1962.
Segundo Adorno, a TV adapta os bens culturais (produto) ao consumo, explorando-os sistematicamente e de forma programada com um fim comercial, ditando assim o consumo das massas (consumidores). A indústria cultural induz ao erro de julgar que o que ela apresenta, isto é, a cultura, emerge espontaneamente e autonomamente do seio das massas. Essa falsa interpretação serve aos interesses dos donos dos meios de comunicação, da indústria cultural, pois impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e decidir conscientemente.
  
            Para Adorno, o homem liberto do medo e da magia, torna-se agora vítima de outra mentira: a dominação do mecanicismo, da tecnologia, da indústria. Até mesmo em seu tempo livre o indivíduo é presa do mecanicismo, da tecnologia. E é convencido que prescinde deles para seu descanso, para seu lazer, para ser feliz.
            Além disso, a indústria cultural efetua um comércio fraudulento, onde promete a satisfação das vontades, mas as frustra. Em um jogo perverso, ela oferece e depois priva (um exemplo disso é a exploração do erotismo na TV).
            O surgimento da internet, porém, transforma a cultura em mercadoria de forma ainda mais massiva e imediata.
            É possível identificar três pontos de resistência que se levantam hoje contra a internet. O primeiro deles é que a internet ao elevar a produtividade do trabalho, ajuda para o aumento das desigualdades (entre pessoas e países). Além disso, o número de horas de trabalho aumenta enormemente e o trabalho é desregulamentado (sinônimo de precarização e exploração). Isto é, a internet desenvolve relações produtivas que entram em choque com as relações atuais.
            Outro ponto de resistência é o isolamento das pessoas e os consequentes danos psíquicos causados pelo uso da internet, levando aos vícios e à banalização de conteúdos.
            E a terceira resistência é o desdobramento das duas anteriores. Apesar da interatividade que a internet permite, a lógica da dominação da indústria cultural permanece a mesma, isto é, estandardização e condicionamento como meios de obtenção de lucro. Assim, a internet não representa uma novidade absoluta como querem fazer crer os interessados e donos desta indústria.
            A televisão e o rádio promovem a homogeneização de conceitos, de pensamentos, da cultura. Essa homogeneização é deslocada para a internet, mas antes ela passa por um momento de afirmação de diferença, uma aparência de multiplicidade, como se cada pessoa fosse realmente singular, as opções virtualmente infinitas e as possibilidades de autodefinição ilimitadas.
            Na verdade, a internet, apesar do avanço tecnológico que incorpora, não constitui um meio que represente uma ruptura com os pressupostos básicos da indústria cultural.

(Adaptado do texto: "Adorno, a indústria cultural e a internet" - Revista Filosofia, nº 20)

7 comentários:

  1. A Midia, internet, etc, nos manipula, nos fazendo gostar de algo que estamos vendo,algo que nao nos agrada mas por estar sendo mostrado a todo tempo aquilo, acabamos nao tirando por exemplo as musicas da cabeça, musicas que muitas vezes nao sao do nosso agrado mas que acabamos escutando por conta da importancia que propria midia da a elas.

    Andressa Larissa, Rebeca Montalvao 3 ano Ramona

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    1. a industria cultural nos demonstra que padrões que se repetem com intenção de formar uma estetica ou percepção comum voltado ao consumismo.
      ass:renata gabriela e giovana maidana 3 ano A

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  2. Como tudo tem um lado positivo e negativo nesse tema nao é diferente,a internet a mída as vezes quer nos manipular, e nos faz acreditar e a gosta de coisas que nao sao dos nossos agrado,unico lado positivo é que tudo que aconteçe no mundo as pessoas ficam sabendo,mas os pontos negativos sao sempre maiores.


    Aluna:Francielle R. Santos n 10

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  3. concordo, pois a midia gosta de mostrar coisas que não acontece, ela não mostra a verdade!

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  4. concordo plenamente com o artigo a midia quer só pra ela não quer saber da realidade quando enteressa ai sim eles mostram postam coisas que a maioria das vezes não eé a realidade musicas que não tem nada de letra mais por que ta mas enquanto ta na boca do povo ta fazendo sucesso ta na midia. existem tantos talentos mais como eu disse a midia só quer pra ela. besteira faz sucesso na quele beijo de lesbica foi o maior sucesso enquanto durou depois nem thum.e é isso ai.

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