movimento do polo norte magnetico


Pólo Norte magnético desloca-se a grande velocidade para pólo Norte geográfico

Usar corretamente uma bússola exige uma série de conhecimentos básicos, que vão desde conhecer os pontos cardeais até à declinação magnética do local em que o observador está. O problema é que o pólo magnético da Terra não é um local fixo e à medida que o tempo passa vai-se movimentando, fazendo com que os mapas tenham constantemente de ser atualizados.
A Terra sofre variações magnéticas e, desde há muito tempo, sabemos que o nosso planeta possui dois pólos fixos – Norte e Sul –, mas um grupo de físicos e navegadores diz que não é bem assim. Se por um lado, os pólos geográficos que marcam o eixo de rotação da Terra não se movam, os pólos magnéticos estão em constante movimento, acompanhando as transformações e fenômenos tectônicos que se processam nas entranhas do planeta.
No coração da Terra há grandes movimentos que vão modificando o funcionamento do dínamo, onde nasce o campo magnético terrestre. Por ocasião de um congresso anual da União Americana de Geofísica (AGU), uma equipe de cientistas e pesquisadores atualizaram os últimos cálculos: o pólo Norte magnético desloca-se a grande velocidade – 55 quilômetros por ano – e aproxima-se cada vez mais do pólo Norte geográfico.
A partir de 2007, o pólo Norte magnético encontrava-se a 550 quilômetros do pólo Norte geográfico (com uma latitude de 83.95°N e uma longitude de 121.02°O), segundo dados de pesquisadores e cientistas franco-canadenses. Estudos anteriores verificaram um movimento de menos de dez quilômetros por ano até 1980. Anos mais tarde, este acelerou e estabeleceu-se nos 55 km/ano. Com este ritmo, poderá atingir a costa siberiana em 2040, segundo o Instituto Polar, na Inglaterra.
Arnaud Chulliat, pesquisador do Instituto de Física do Globo, em Paris, explica que “os modelos sugerem que existe uma região de magnetismo em rápida transformação na superfície do núcleo terrestre, possivelmente criada por um misterioso manto de magnetismo proveniente do interior do núcleo”.
Hoje, o espaço entre ambos os pólos e a inclinação magnética têm um papel menos importante do que em anos anteriores para os transportes marítimos e aéreos. O Sistema de Posicionamento Global (GPS) fornece localizações precisas, com a transmissão por satélite, independentemente do campo magnético terrestre.
Contudo, ainda nos dias que correm, o Serviço Hidrográfico da Marinha Francesa faz questão de manter mapas marítimos em dia e estão sempre informados sobre as variações do campo magnético terrestre, porque esses mapas usam um sistema de meridianos onde cruzam os pólos geográficos, mas os magnéticos não estão no centro desses pólos.


disponível em http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=39010&op=all#cont e http://www.geomundo.com.br/geografia-30205.htm

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